P. N. da Serra da Canastra

Trekking / Cachoeiras / Observação de fauna

O Parque foi criado em 1972, com o objetivo de proteger as nascentes do Rio São Francisco, já que a região vinha sofrendo com as conseqüências do desenvolvimento desordenado da agricultura e da mineração.
    O Véio Chico, o maior rio genuinamente brasileiro (3.000km), nasce na Serra da Canastra, Minas Gerais, para depois atravessar mais quatro estados brasileiros: Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Nasce como um filetezinho de água que se perde por entre a vegetação rasteira do cerrado, para depois formar um enorme poço de águas cristalinas que dá origem a uma queda de 200 metros de altura, a Cachoeira Casca D’Anta, um dos mais belos cartões postais do Brasil.

A Serra da Canastra fica na região do cerrado, caracterizado por árvores de pequeno e médio portes alternados com campos rupestres, delicadas flores e matas com exuberante vegetação atlântica. Como não existem árvores de grande porte é possível ter belas e amplas vistas panorâmicas de toda a região.

A fauna é um capítulo à parte, sendo um dos maiores atrativos da região. Lá é possível ver animais como seriemas, corujas, gaviões carcarás, tucanos, veados-campeiros, tamanduás-bandeira, lobos-guará e tatus-canastra (que aparecem na parte alta do parque).

Entradas no Parque:

As entradas para o Parque Nacional ficam nas cidades de Sacramento, São João Batista, Vargem Bonita e São Roque de Minas.

A principal é a de São Roque que chega à parte alta do parque, onde fica a nascente do Véio Chico (20 km), a cachoeira do Rolinho (38 km) e as primeiras quedas d’água da Casca D’anta (35 km).

A entrada para a parte baixa fica na cidade de Vargem Bonita, onde amaior atração é a cachoeira Casca D’Anta, com seus 200 metros de queda, ( 38 km e 2 km de trilha fácil).
Existe uma trilha que desce da parte alta da Casca D’Anta até a parte baixa.

A entrada via São João Batista é pouco freqüentada, mas vale a pena visitar a cidade, pois ela esconde cachoeiras encantadoras.

A entrada por Sacramento é mais utilizada por aqueles que vêm de Delfinópolis e região, que pretendem fazer a travessia do parque de carro. São 95 km de estrada de terra que atravessam o parque de Sacramento até São Roque de Minas.
Não há nenhuma infra-estrutura, só a vegetação do cerrado e os paredões de dois maciços: a Serra de Sete Voltas e a Serra da Canastra.

Arredores:

Além do Parque Nacional, a região conta com outras cidades
e outros atrativos que valem a pena serem visitados.

A cidade de Delfinópolis é famosa por ter mais de 100 cachoeiras. Existem trilhas na região que atravessam vales e montanhas e passam por várias cachoeiras no transcorrer do percurso.

A trilha da Casinha Branca é uma delas. Pode ser feita em um dia inteiro, e passa por várias cachoeiras, com piscinas naturais.

Até cachoeira de água quente existe em Delfinópolis na Trilha da Dona Maria Concebida.

A estrada que liga Delfinópolis a Vargem Bonita passa pelo Chapadão da Babilônia. Uma região com paissagens surreais e cachoeiras de tirar o fôlego.

Outra cidade que reserva encantos é São João Batista do Glória.

As cachoeiras do Vale do Céu valem uma visita.

Além de todas as belezas naturais que a região da serra da Canastra nos reserva, o povo mineiro é um capítulo à parte. Gente da terra, e extremamente hospitaleira. Sempre convidam para entrar e tomar um “cafezim” com “queijim”. Gente que fala muito, mas que acaba conquistando pelo jeito simples e carinhoso de ser.

Tudo forma um conjunto de tão rara beleza, que segue fiel à descrição do naturalista francês Auguste Saint-Hilaire, que visitou a região em 1819: “… Para se Ter uma idéia de como é fascinante a paisagem, o leitor deve imaginar em conjunto tudo o que a natureza tem de mais encantador: um céu azul puríssimo, montanhas coroadas de rochas, uma cachoeira majestosa e matas virgens que exibem todos os tipos de vegetação tropical.”

Dicas – Na travessia do parque, pode-se perder o dia todo aproveitando as paisagens, e por isso é mais interessante que se faça a travessia na direção Sacramento – São Roque, pois assim a viagem terminará em São Roque no final da tarde, exatamente na hora em que é possível observar os animais silvestres.

Os pássaros são fáceis de avistar. Os veados-campeiros também; eles ficam sempre perto da entrada para a Cachoeira do Rolinho, nos campos ao lado da estrada.

Observação:

É bom tomar cuidado com as cobras, quando se caminha no meio do cerrado.

O parque não possui nenhum tipo de estrutura (só possui sanitários na área da parte alta da Casca D’Anta) portanto, se o interesse for passar o dia passeando no parque, é bom que se leve água e um lanchinho junto.

Como Chegar

Se o destino inicial for Delfinópolis, a partir de São Paulo, deve-se seguir até Campinas e de lá pegar a SP 340 até Casa Branca e de lá seguir até Mococa. Passar por Arceburgo e dali seguir em direção a São Sebastião do Paraíso e depois Passos. Antes de chegar em Passos, pegar a direção de Cassia e ali pegar a balsa até Delfinópolis. As estradas até Delfinópolis são todas asfaltadas. De Delfinópolis até São Roque de Minas são 80 km.

Caso se queira chegar primeiro em São Roque de Minas, o melhor é seguir até Passos, Capitólio e Piumhi. Em Piumhi, há uma estrada de terra, de 60 quilômetros, que vai até São Roque de Minas. A portaria do Parque fica a 8 km de São Roque. 

Quando ir:

               De abril a outubro é o período menos chuvoso, pode-se aproveitar melhor as trilhas, as piscinas naturais e as estradas de terra estão em melhores condições. O verão não é a melhor época para se acampar. Praticamente todas as tardes há vento muito forte e chuvas torrenciais.
É interessante informar-se com antecedência quanto as condições das estradas.

 

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