São Sebastião – Verão de 2008
Gramado – Joinville – Praia de Paúba
Finalmente saímos de viagem! Desde a nossa última expedição em julho de 2003, não passamos mais do que uma semana fora. Por motivos pessoais e profissionais, viagem longas, infelizmente, ficarão cada vez mais difíceis. Por isso essa viagem foi tão esperada.
Decidimos terminar o que ficou faltando em 2003… o litoral da região sudeste. Mesmo com tanta vontade de viajar, quase desistimos devido ao mau tempo que não deu trégua durante todo o mês de janeiro nos Estados do Rio e São Paulo. Mas resolvemos apostar e não desistimos dos nossos planos iniciais.
O mau tempo nos acompanhou até a descida da serra de Curitiba, mas logo que entramos à direita, com direção a Peruíbe e Itanhaém, o sol apareceu. Gosto muito de refazer meus passos de infância. Durante aquele período, minha família passava (ano sim, ano não) o Carnaval, em Suarão, na colônia de férias do banco em que meu pai trabalhava. O mais engraçado é que, ao mesmo tempo em que eu guardava clara a sua localização, por outro lado notei que a gente processa as informações de maneira totalmente diferente na nossa pequena cabecinha de criança.
Naquela época, pouco saíamos da colônia, mas de vez em quando, minha mãe levava a mim e mais outras crianças para uma expedição muito ousada, além dos muros do hotel. Lembro-me que caminhávamos muito até chegarmos aos trilhos dos trens, nos quais íamos nos equilibrando até a cidade. Hoje, vi que caminhávamos pouco mais do que 4 quadras…. Mas não foi só isso que me surpreendeu… A colônia está abandonada, com a grama por fazer e a pintura já bem desgastada. Dos portões fechados eu espiava, procurando os lugares por onde brincávamos (aliás, o pátio parecia ser muito maior …),… Eu poderia ter entrado no local, mas resolvi deixar intactas minhas lembranças…
As praias do litoral sul de São Paulo não são tão interessantes (não podemos afirmar o mesmo de Peruíbe, Ilha Comprida, Juréia, pois não passamos por lá. Mas, pelo que ouvimos falar, essa região é de fato bem interessante e com uma beleza que mistura mangue, mata atlântica e praias extensas). Na realidade, elas muito nos lembraram as nossas praias gaúchas: extensas, muita gente e um mar agitado e nada transparente.
Praia de Paúba / Toque- Toque Pequeno / Galhetas
No mesmo dia 08 à tarde, já chegamos em Paúba. Uma pequena praia, antiga vila de pescadores, ao lado de Maresias, mas com uma tranqüilidade que nem se compara à sua vizinha mais badalada. A enseada bem fechada faz com que o mar pareça uma lagoa de água salgada. Além disso, assistir o pôr-do-sol da areia da praia é sensacional. Ele vai caindo devagarinho em direção ao oceano até desaparecer em uma ilha que fica ali em frente.
No dia seguinte, visitamos a maravilhosa praia de Calhetas. Não há placas e nenhum tipo de sinalização indicando a entrada da praia, que fica a uns 7 km de Toque-toque Pequeno (não tem erro, com certeza existirão outros carros estacionados na estrada). A única indicação é do Condomínio das Calhetas. É ali mesmo, em uma curva horrorosa da Rio-Santos, sem acostamento e lugar pra estacionar. Como na praia não há nenhum tipo de infra-estrutura, é bom levar água, lanches, livros, cadeiras, guarda-sol (se bem que tem uma amendoeira bem generosa na beira da praia), etc.
Á beira mar, espalham-se 4 casas, uma mais bonita do que a outra, e só. Aí entende-se o porquê de tanta privacidade. Se eu tivesse uma casa assim em um lugar assim, também daria um jeitinho de manter as multidões de fora. A paisagem é de cinema. Uma enseada minúscula e deserta, com um mar muito cristalino. Dividimos a faixa de areia com outro casal e com alguns iates de luxo que estacionavam ali, ficavam um pouco e logo seguiam viagem.
Passamos boa parte do dia lendo, tomando banho de mar e nada mais. Parecia inacreditável que pudéssemos estar em um lugar tão sensacional. Só saímos quando a fome bateu. Aí fomos para Toque-Toque Pequeno, outra enseada linda, já urbanizada, mas que conserva ainda uma certa tranqüilidade e sossego. Mar calmo e igualmente transparente. Final do dia em cima do morro que fica na praia de Paúba para assistir ao pôr-do-sol. Show.
Praia de Toque Toque Grande
A Pousada Ilha de Toque Toque está em um lugar bonito mas não tinha ar-condicionado (verão de 2008) e nem tela nas janelas e a região tem mosquito no verão. Estivemos na pousada no verão de 2008 e não tinha tela em nenhuma janela e nem ar-condicionado na suite VIP. Mas pelo preço que cobram o incomodo dos mosquitos a noite atrapalha pois você não pode deixar nada aberto. O serviço do café da manhã também estava fraco, não tinha pão fresco.